quarta-feira, 12 de abril de 2017

POEMA E MULHER 


Não elegemos a quem amar,
é o amor que nos assalta;
no poema só é possível rimar
quando o ritmo não nos falta.

Não há rima que não tenha sido feita,
a de maior alcance ou a mais estreita,
e a mulher, forma em movimento
fica no poema e no meu pensamento.

E nessa dialética entre poema e mulher
quando o meu prazer é mais intenso
deixam-me as palavras suspenso

na busca do próximo verso, qualquer,
que o poema é sempre incerto, inexato,
e eu a cada dia mais insensato.






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